


Arlete Piedade, nascida a 19 de Junho de 1956, numa pequena
aldeia do distrito de Santarém, Portugal, onde passou a sua
infância, até vir estudar para Santarém onde fez o curso da escola secundária, e iniciou a sua vida profissional numa seguradora com a idade de 17 anos incompletos.
Em 1980 por motivos de ordem pessoal, passa a residir e trabalhar na zona de Lisboa, onde se manteve até 1994, ano em que regressa a Santarém para cuidar dos negócios da família.
Já na infância e adolescência se manifestava o seu interesse pela leitura e escrita, mas com a entrada na idade adulta e o início das responsabilidades familiares, apenas na leitura se refugiava por vezes para viver em fantasia realidades alternativas á vida monótona do dia a dia de uma grande cidade.
Com a volta a Santarém e os filhos já crescidos, continua a refugiar-se na leitura até que é incentivada a escrever por amigos e assim volta a manifestar-se o seu interesse pela escrita.
Tem diversos poemas versando em especial o universo das emoções e sentimentos e também crónicas, publicados em sites e grupos da Internet, dos quais se destaca, Mundo Poeta, Dono da Loja, Recanto das Letras, Grupo Ecos da Poesia, e o seu próprio site Fada das Letras.
Acaba de ser publicada a Antologia Poética, "Dois Povos Um Destino", pela editora Abrali, através do grupo Ecos da Poesia, onde tem a sua primeira oportunidade de publicar as suas poesias em livro e que foi lançada no mês de Abril de 2006 em várias cidades do Brasil e em Junho de 2006 em Lisboa - Portugal.
Principais sites onde publica:
http://www.mundopoeta.net/fadadasletras
http://www.ferool.info/arlete.htm
http://www.recantodasletras.com.br/autores/fadadasletras

Portugal Ama o Brasil
P artiram nossos antepassados á descoberta
O rdem real para desbravar novos caminhos
R umos incertos pelo oceano revolto, alerta
T udo a postos para não chegarem sózinhos
U ma rota desconhecida mas talvez secreta
G algando abismos profundos e seres daninhos
A lcançando enfim essas novas terras ardentes
L igadas por corações apaixonados e carentes
A morosos se tornaram esses míticos mareantes
M eninas donzelas encontraram na areia dourada
A maram-nas como se não importasse mais nada
O s corpos e almas unidos, á forte paixão rendidos
B rasil, terra amada, filha, irmã, amiga, amante
R omance eterno de povos diferentes, mas unidos
A mor sem fim entre almas, cores, gente errante
S edução edificante, na distância, seres queridos
I nfeliz pátria, filha amada, terna e inebriante
L aços de amor nos prendem, Brasil te amamos!!!
Arlete Piedade
27/03/2006

Divino Gozo
Divino gozo de sensuais, audazes amantes,
Que persistem em seus sonhos inebriantes,
Tantas vezes desejados, contidos e calados,
Tantas noites de solidão, medos silenciados...
Mas o dia tão almejado, o instante supremo,
Há-de chegar por fim, e por isso não temo,
A espera ansiosa, a sofreguidão amorosa,
A paixão guardada, a entrega deleitosa...
Tu habitando em mim, nossa profana união,
Os teus olhos nos meus, saboreando a paixão,
Tuas mãos me prendendo em terna prisão...
Meu corpo níveo e alvo, com teu corpo moreno,
Cadências profundas te recebo, tântrico e sereno,
Saciado adormeces, meu regaço quente e ameno...
Arlete Piedade / Fada das Letras

Neva na minha rua
N eva lentamente em flocos de algodão
E ncantando minha incrédula visão
V agarosamente pousa sob o alcatrão
A foitando-se onde não é hábito, não...
N eve, Deus, que presente maravilhoso
A camando-se em tapete esplendoroso
M acia branqueia a verde erva daninha
I nimitável em sua dança sózinha...
N amorando telhados, carros e beirais
H abitando em espaços inusitados e mais
A mando a terra em seus brandos ais....
R omântica debrua qual manto de arminho
U ma rua, uma árvore, casa, um caminho
A fagos com dedos frios, na face do menino
Arlete Piedade
22/02/06

A Caminho da Escola
Eu queria compor um terno e simples poema,
Que a todos vós, fizesse sorrir ao recordar...
Pois que tivesse nossa infância como tema,
E nos desse alegria para de novo brincar...
Queria relembrar os caminhos para a escola,
No inverno pelos trilhos das geladas florestas,
Os cadernos, e o lanche guardados na sacola,
Os tropeços nas pedras duras de vivas arestas.
Mas no tempo distante, travessas lembranças
Fazem parte de um passado de vãs esperanças,
Pois ainda guardo comigo tais sonhos infantis...
Viajar pelo mundo, conhecer lugares distantes,
Das antigas civilizações as ruínas fascinantes,
Ser escritora, poeta, arquéologa, desejos pueris.
Arlete Piedade
Visite
a autora:
http://www.mundopoeta.net/fadadasletras
www.ferool.info/arlete.htm
www.recantodasletras.com.br/autores/fadadasletras

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