Apresentando a Ciranda:

Simone Borba Pinheiro

 

Vamos salvar a Amazônia

Simone Borba Pinheiro

No coração do mundo,
nas profundezas do centro da terra,
emerge o mais precioso dos tesouros:
Uma Floresta Encantada!...

Os espíritos da floresta, à noite,
entoam hinos de louvor á sua existência.
A mata verdejante e misteriosa,
derrama lágrimas peroladas quando ceifada.

Aves assustadas tingem o céu de negro.
Jacarés e vitórias-régias formam lindos tapetes aquáticos.
E o povo que ali habita, pede socorro,
bordando anéis de fumaça no céu da mata.

Pois a floresta, aos poucos, vai desencantando,
perdendo o brilho, a cor, a vida...
O homem mau abriu caminho floresta adentro
empunhando nas mãos a mortal arma
de lâminas frias e afiadas,
matando a vida na Floresta Encantada.

Os seres da floresta pedem socorro.
Vamos salvar a Amazônia
da derrubada indiscriminada da mata,
da matança descabida e gananciosa
dos animais que ali habitam,
das doenças do povo da floresta
que indefesos tombam sem auxílio.

Rios e igarapés choram lágrimas poluídas.
É a morte chegando lentamente
ao coração verde do planeta... 
Uni-vos com braços fortes,
em brados retumbantes... 
Vamos salvar a Amazônia,
a Floresta Encantada.


 Simone Borba Pinheiro 
14/01/03

 

Participam dessa ciranda:

Alberto Peyrano, Antonio Cícero da Silva, António Zumaia, 
Arlete Piedade, Armando Sousa, Beatriz Kappke, Bill Shalders, 
Denise Severgnini, Dudu Cruz, Efigênia Coutinho, Faffi, Fernando Reis Costa, 
Gislaine Canales, Gladys López Pianesi, Gladys Ovadilla, 
Hermes José Novakoski, Hiram Camara, Humberto Rodrigues Neto, 
Joaquim Sustelo, José Antonio, José Ernesto Ferraresso, Ligia Tomarchio, 
Luciano Somma, Luiz Gilberto de Barros, Margaret Pelicano, 
Marici Bross, Mário Osny Rosa, Nadir D'Onofrio, 
Nilton Nallim Ferreira, Ógui Lourenço Mauri, Pedro Valdoy, 
Sueli do Espírito Santo, Teka Nascimento, Tere Penhabe, 
Vera Lúcia de Oliveira. 

 

 

Participantes de "A" a "F"

 

 

 

O Grito da Amazônia
Alberto Peyrano

Amazônia, mãe amada! 
Grito vital da terra
Que clama sua grande dor.
Hoje a onça agonizante
O rosto do índio lambeu 
E se abraçaram as árvores 
Chorando por teu martírio.
De Manaus a Porto Velho,
De Macapá ao Xacurí
Surge uma voz entre sombras
Que alerta a Humanidade:
"Filho, estou dolorida"!
"Filho meu, cuida de mim"! 
Só a metade consciente 
Dos teus filhos, escutou. 
Só a metade que sente 
Tua tristeza e teu penar.
A outra metade, arrasa
Tua riqueza natural. 
A outra metade só escuta
A música material.
A noite traz a Lua
O rio se põe a dormir, 
A selva vela em silêncio
Esperando o que há por vir... 
Enquanto o índio e a onça,
Irmãos no sofrer,
Secam suas lágrimas vãs,
Abrindo as veias da alma
E regam teu velho solo
Com dor, sangue e amor.


Alberto Peyrano
Buenos Aires, Argentina
www.albertopeyrano.com.ar


O Sabiá Chorou 
Antonio Cícero da Silva 

O sábia tristemente chorou 
A árvore com o seu ninho caiu 
O homem a árvore cerrou 
E contente ainda sorriu. 

O sabiá se entristeceu 
No ninho estavam seus filhos 
Da região se locomoveu 
Emudeceu-se, perdeu seu brilho. 

Lá longe triste a cantar 
Queixava-se muito do homem 
Que a natureza veio a danificar 
Ao que não é dele, o humano consome. 

O sabiá clamava por ajuda 
À mãe natureza 
Que também sofria, quase desnuda 
Ela também, o homem perseguia. 

O sabiá da natureza era membro 
E não prejudicavas a ninguém 
Viviam alegres a contento 
Até serem prejudicadas por alguém... 

http://antoniocicerodasilva.blog.terra.com.br


Amazônia
António Zumaia

Um Paraíso verde na terra… 
De múltiplas cores é destino
e Deus sabe a riqueza que encerra;
Loucura dos homens… é desatino.

Mas destruir o que Deus plantou,
é pecado contra a humanidade;
As cores lindas que ELE pintou.
Devastar assim é crueldade.

Brasil de pérolas carregado;
Mil cores e amores é tua terra.
Por isso és dos teus filhos amado,
na alegria que teu povo encerra.

O povo que é maravilha a cantar;
Alegre e corajoso vai lutar.
Amazônia terra para sonhar,
foi uma prenda, que Deus lhe quis dar.

É por isso que o povo Brasileiro,
o sonho de encantar… Vai preservar!
Porque o Paraíso, é do mundo inteiro
e o Brasil… cioso o vai guardar.


Paraíso de mil ilhas… Encanto!
São mil caminhos de água a percorrer.
Contraste de cores, que são o espanto,
dos felizes… que o podem conhecer.
Povos que o habitam são felicidade,
porque a natureza… é a VERDADE.

13 de abril de 2007
SINES - PORTUGAL


Chamas
Arlete Piedade

Línguas de fogo serpenteantes e gigantescas.
sobem lambendo copas de árvores impotentes,
rastejantes se insinuam, titânicas e dantescas,
consumindo vorazmente, em todas as frentes.

O descuido criminoso do homem pelo ambiente,
cruel ganância de ganhos, imediatos e lucrativos,
o desprezo pelas gerações futuras, são somente,
alguns dos evidentes e mais falados dos motivos!

Mas não esqueçam esses covardes incendiários,
que ainda, mesmo neste mundo, são necessários,
tempo, oportunidade e do castigo não escaparão...

pois que se a justiça dos homens é ineficaz e lenta,
da de Deus, não se livrarão, e na sua alma a tormenta,
diáriamente, lhe fará desejar a morte, como expiação!

Arlete Piedade
www.mundopoeta.net/fadadasletras



Amazónia - Pulmão verde e rubro

És verde e rubro, o pulmão deste planeta azul e branco!
- Verde das florestas em extensão, rubro das queimadas,
estendendo longos dedos negros em direcção ao flanco,
da mãe ignorada pelos filhos, de quem devia ser amada!

Noutros tempos eras verde, azul, claro, limpo e puro,
no teu seio criavas belos seres, de alma transparente!
um belo e imponente rio atravessava teu corpo e juro...
eras a mais preciosa jóia, deste planeta de alma doente!

Mas os homens de distantes terras, foram chegando,
de teu sadio, fértil, bravio e belo corpo se apossando,
para seu deleite, prazer, sendo a riqueza fácil, o tema...

teus tesouros foram furtando, teus rios conspurcando,
teus habitantes foram corrempendo, mulheres violando,
ainda será tempo de te salvar, sendo esse nosso lema?

Arlete Piedade
www.mundopoeta.net/fadadasletras


As cores da Amazónia 
Armando Sousa

Verde de mil e um verdes, vida a subir.
Agarrando o sol
Planície do verde olhando o céu, a florir.
Casa e mesa das mariposas de mil cores a casar
Beleza de diferentes pássaros a voar
Subindo às alturas, para do verde sair.
Amazónia, pulmão que a natureza nos deu.
Folhas são ventoinhas purificando o ar do céu
Dentro de seu verde tanta vida
Beleza para nós desconhecida
Tantos sonhos selvagens, frutos esquisitos.
Podem ser de amor ou de morte da Amazónia gritos
Numa certa clareira, moças deitadas.
Cobrindo suas vergonhas
São cores, muitas cores, tom garridas, pintadas.
Cabanas construídas de folhas de bananeira
Quando chove, é ali que se realiza toda a brincadeira.
Macacos voam fugidios
Mil qualidade de peixes e piranhas nos rios
Debaixo de tanta frescura, vive gente primitiva sorrindo.
Mas a civilização vai seu lar destruindo
Com enormes queimadas
Deixando as cores da Amazónia desbotadas
Debaixo dos mil verdes, nossa saúde nas flores.
As raízes são venenos da nossa doença
Tudo isto pode fazer passar nossas dores
Aumentar no viver nossa Crença
Debaixo do verde repuxos ou lanças de pau
Dão vida a vida com o cacau
Névoa respiram chuva torrencial
Não queiras conhecer os segredos dos fluviais
Formam oceanos de espuma amarela
Deixado os verdes aveludados
Em linda aguarela
O sol raia, grande alegria.
Ouve-se o batuque, musica de poesia.

Por Armando Sousa

Armando.sousa@sympatico.ca
www.pequeninapoesias.com.br


Amazônia e a responsabilidade ambiental.
Beatriz Kappke
14/04/07

Assunto da atualidade
Que enfronha religiosos
E pessoas de qualquer idade
De todas as praofissões e também os ociosos.

Denunciados todo os dias com tristeza
Abusos de toda sorte
Crimes contra a frágil natureza
Prvendo para o nosso planeta a morte!

Tímidas porém são
O vislumbrar de saídas eficazes
Para resolver a tal questão
Com ações realmente pertinazes.

Leis editar, acordos firmar
A Amazônia proteger
A humanidade amedrontar
Irá da imprudência humana os desmandos resolver?


Sobre utilização dos recursos naturais
São louváveis as campanhas
Os diferentes e respeitáveis pontos de vista
Denotam uma preocupação tamanha.

Mas a atual situação,melhorar ou piorar 
O ser humano tem em suas mãos
Porém urge a consciência mudar
E ao comportamento dar outra direção.

Meio ambiente exige atitude, visão e percepção
Respeito à vida pessoal, à vida do outro e da natureza
Não só na Amazônia mas em todo este torrão
De tanta grandeza e singular beleza!

Só então teremos neste mundo 
De seis bilhões de indivíduos
Menos miseráveis num submundo
Clamando para viverem mais dignos!

Será o grande passo
Que a humanidade precisa dar
Enlaçar-se num grande abraço
E a paz social alcançar!

(escrito para a ciranda Amazônia)

www.beatrizkappke.com


Pegar-te no colo
Bill Shalders

Minha Amazônia Querida
Pulmão do meu lar Terra
Grandeza verde do planeta Azul
Dói meu espírito ver sua devastação
Dói minha alma ver sua agonia

Ah, que vontade de pegar-te no colo
Embalar-te até te curares
Da maldade da serra
Da maldade do homem
Da maldade do ignorante

Ah, que vontade de pegar-te no colo
Embalar-te até adormecermos juntos
E sonhar com uma nova Terra
E sonhar com um novo planeta
Que entenda e acolha a tua formosura

Ah, que vontade de te pegar no colo
Embalar-te até adormecermos juntos
E acordar somente no despertar da humanidade 
Pois se morreres, morreremos junto
Morreremos todos, queiramos ou não

Cada ser que vive em tuas entranhas
Cada pedacinho do teu chão
Cada pedacinho de tua copa
Representa um pedacinho do meu coração
Representa um pedacinho do meu Ser

Cada ser teu que morre, morro junto
Cada ser teu que parte, parto junto
Cada gota a menos de orvalho
Uma lágrima minha a mais
Ah, que vontade de pegar-te no colo

Embalar-te até podermos fugir desta sanha
Pois se um dia morreres
Morrerei por ti, morrerei junto a ti
Somos ligados pelo amor
Ah, que vontade de pegar-te no colo.

Bill Shalders
31 de março de 2007


Floresta Amazônica
Denise Severgnini

Brasil, sai desta insônia
E salva a tua Amazônia.

Desmatamento e erosão...
Demanda de carvão...
Animais em extinção...

Brasil, sai desta insônia
E salva a tua Amazônia.

Assoreamento e erosão...
Garimpo e contaminação...
Culturas em destruição...

Brasil, sai desta insônia
E salva a tua Amazônia.

Paisagem em degradação...
Provocada pela mineração...
E a droga da poluição...

Brasil, sai desta insônia
E salva a tua Amazônia.

Denise Severgnini
Novo Hamburgo/RS 



Eu não tenho nada a ver com a Amazônia...
Dudu Cruz

Quem diz que não tem nada a ver com a Amazônia hoje
Com certeza amanhã não terá nada para ver em toda a Terra.
A natureza não renasce das cinzas...
Precisamos parar de criar cinzas!
Precisamos cuidar da natureza como uma Senhora querida que cai. 
Naturalmente, devemos esticar o braço dar a mão para ajudar a Natureza a se levantar!
Ela, com certeza, agradecerá por nossa atitude nos dando a sua beleza!
E nós, agradeceremos por tê-la novamente de pé, com toda sua Graça!
A Natureza é Graça de Deus materializada!
Pessoas que não acreditam em Deus, acreditam que a Natureza seja uma Senhora a ser amada.
Por isso, você tem que ver hoje como fazer para salvar a Amazônia, para não admitir amanhã, que não há mais nada a fazer para ver a Natureza viva.

Dudu Cruz, em 12/04/2007

 

Prece Da Paz Ambiental
Efigênia Coutinho

É nesta Floresta aqui, onde me 
ajoelho, e para me unir, também
eu, modesta criatura do meu 
Planeta, edificando minha 
Prece Universal. Onde calco 
com meus joelhos todas essas 
folhas mortas, que se acumulam, 
de geração em geração, umas 
sobre as outras, para servirem de
humidade sobre a terra, cedendo 
lugar ás suas novas e majestosas
folhas. São as folhas verdes do 
alto de seus ramos, que cantam
a canção da vida, que não repousa nunca!

E as folhas secas debaixo, e sobre as 
quais pousam os meus pés e os meus 
joelhos, murmuram ao meu ouvido a 
PRECE DA PAZ AMBIENTAL...

Balneário Camboriú Maio 2007


Pulmão do Mundo
faffi / Silvia Giovatto

SOS, queremos respirar!
o pulmão do mundo está ameaçado,
estão destruindo a nossa floresta amazônica,
como se não bastasse a poluição do ar, estão tirando
a nossa chance de vida que vem das matas.
Pouco a pouco a Amazônia vai se a acabando,
destruída pelas mão de seres humanos... será?
Fica aqui o meu pedido de socorro.
alguém tem de acordar e resolver esse problema
que afeta o mundo.
Não precisamos encher nosso pulmão de ar,
com substancias medicamentosas através de inalação,
precisamos de ar puro, vindo das árvores, das matas....e
isso nós tínhamos, quando a ganância do homem não existia.
O homem está se destruindo e tirando das nossas crianças
a chance de respirar, de viver...
Não cortem as nossas árvores, não queimem as nossas matas,
por caridade, não destruam o nosso planeta...
você pode ter vantagens com isso, mas está destruindo a sua vida,
a nossa vida, a vida dos nossos animaizinhos...
Não destrua, construa!
Não derrube, plante!
Não mate, dê chance de vida a quem quer viver!
Nós precisamos de ar puro...você também precisa!
Não use suas mãos para destruir, elas serão mais úteis na construção.
Pense nisso... e por favor...
Pare agora, com essa destruição.

faffi / Silvia Giovatto


Mãe Natureza
Fernando Reis Costa

Ó estirpes que se extinguem da beleza
Que a mãe Natureza ao homem deu!
Vemos hoje que a própria Natureza
Está sendo destruída… e se perdeu!

E o homem, ambicioso e com frieza,
Quer mais e muito mais em cada dia:
Destrói cada vez mais a Natureza
Buscando tostões na tecnologia!

Lembremos a paisagem, outrora linda;
Hoje… terra de cinzas, tão queimada;
No ar, o oxigénio quase finda…

E se a destruição continuar ainda
No ritmo que leva, acelerada…
O homem-suicida fica “nada”!

Coimbra, 01.04.2007